ATA DA
OCTAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUINTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
NONA LEGISLATURA, EM 14.08.1987.
Aos quatorze
dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e oitenta e sete reuniu-se, na
Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre,
em sua Octagésima Primeira Sessão Ordinária da Quinta Sessão Legislativa
Ordinária da Nona Legislatura. Às nove horas e quarenta e cinco minutos foi
realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adão Eliseu,
Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella, Auro Campani, Bernadete Vidal,
Brochado da Rocha, Clóvis Brum, Ennio Terra, Flávio Coulon, Frederico Barbosa,
Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Isaac Ainhorn, Jorge Goularte, Kenny Braga, Mano
José, Nilton Comin, Paulo Sant’Ana, Paulo Satte, Pedro Ruas, Rafael Santos e
Teresinha Irigaray. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente
declarou abertos os trabalhos e determinou ao Ver. Hermes Dutra que procedesse
à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Sr. Secretário procedeu à leitura
das Atas da Octagésima Sessão Ordinária e da Primeira Sessão Especial que,
juntamente com a Ata da Septuagésima Nona Sessão Ordinária, deixaram de ser
votadas em face da inexistência de “quorum”. À MESA foram encaminhados: pelo
Ver. Frederico Barbosa, 01 Pedido de Providências, solicitando troca de
lâmpadas na Av. Tramandaí, em frente ao nº 537; pelo Ver. Nilton Comin, 03
Pedidos de Providências, solicitando que sejam tomadas providências técnicas na
Rua Brasiliano Índio de Moraes, do nº 424 a 460, podendo ser colocadas, nas
duas pontas, correntes, quebra-molas; troca de lâmpadas na Av. Assis Brasil, em
frente ao nº 1214; limpeza e capina na Av. Nilo Peçanha, entre os nºs 242 e
350. Do EXPEDIENTE constaram, Ofícios nºs 03/87, do Sr. Presidente da Comissão
Especial constituída para examinar o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 18/86; 443/87, do Sr. Presidente em exercício do Serviço de Proteção ao
Crédito. A seguir, foi aprovado Requerimento oral da Presidência, solicitando a
inversão da ordem dos trabalhos, passando-se ao período de PAUTA. Em Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, Projetos de Lei do Legislativo nºs 42; 60;
67/87, discutido pelos Vereadores Jorge Goulart e Hermes Dutra; em 2º Sessão,
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 64/87; Projetos de Resolução nºs
21/87, discutido pelo Ver. Flávio Coulon; 18; 19; 20; 22/87; Projetos de Lei do
Executivo nºs 48; 40; 46; 41; 47; 45/87, discutido pelo Ver. Flávio Coulon;
Projetos de Lei do Legislativo nºs 50; 53; 54; 55; 56; 61; 62/87; Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 01/87; em 3ª Sessão, Projeto de Resolução nº
16/87; Projetos de Lei do Legislativo nº 51; 52; 57; 58/87; Projetos de Lei do
Executivo nºs 43; 44/87. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 19/87. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o
Projeto de Resolução nº 07/87, por dezenove votos SIM, tendo submetido à votação
nominal, a Requerimento oral, aprovado, de autoria do Ver. Flávio Coulon e
tendo sido discutido pelo Ver. Flávio Coulon. Em prosseguimento, foram
aprovados os seguintes Requerimentos: de autoria do Ver. Adão Eliseu,
solicitando dispensa de distribuição em avulsos e interstício para suas
Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data, para o Projeto de Lei do
Legislativo nº 19/87; para o Projeto de Resolução nº 07/87; do Ver. Antonio
Hohlfeldt, de Voto de Congratulações com o Sindicato das Agências de Propagando
do Estado do Rio Grande do Sul, pela posse de sua nova Diretoria; de Voto de
Pesar pelo falecimento de Amilcar Assis Brasil e Silva; do Ver. Brochado da
Rocha, de Voto de Pesar pelo falecimento de Ernesto Bernardi, encaminhado à
votação pelo Autor; do Ver. Frederico Barbosa, de Votos de Congratulações com a
Gaúcha Car Veículos e Peças Ltda., pela passagem pelo seu 18º aniversário de
fundação; com o Hospital São Lucas da PUC, pela inauguração da Unidade de
Produção de Oxigênio; de Voto de Pesar pelo falecimento de Demian Prais
Puggina; de Voto de Congratulações com o Dr. Vilson Bilhalva, por ter sido
nomeado Juiz Classista do Tribunal Regional do Trabalho; com Calçados Ortopé S.
A., por ter sido indicado para receber o Prêmio “Mérito Logista/87”; do Ver.
Isaac Ainhorn, de Votos de Congratulações com Iara Leventhal; Salomão Fridman;
demais pessoas relacionadas anexo ao Requerimento, pela realização e sucesso do
II Festival Choref de Dança Folclórica de Israel; do Ver. Mano José, de Votos
de Congratulações com a Companhia Cervejaria Brahma, pela passagem de seu 83º
aniversário; com o DAER - Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, pela
passagem de seu cinqüentenário; do Ver. Paulo Satte, de Voto de Pesar pelo
falecimento de Clarinda Almeida Veiga. Em EXPLICAÇÕES PESSOAIS, o Ver. Jorge
Goularte comentou a presença, ontem, em Porto Alegre, do Ministro Rafael
Almeida Magalhães, que deu encaminhamento à transferência de responsabilidade
do atendimento de saúde pública aos estados e municípios, concordando em parte
com a medida e salientando idéia já defendida nesta Casa, de criação de centros
Integrados para atendimento da população na Cidade, analisando o assunto e as
vantagens que estes centros trariam ao porto-alegrense. Falou sobre o problema da
violência urbana no Município, defendendo a criação de guaridas nos quarteirões
para que seja dada um pouco mais de segurança aos cidadãos. O Ver. Hermes Dutra
solidarizou-se com reivindicação recebida de um grupo da Polícia Rodoviária
Federal, que busca alterações no anteprojeto da nova Constituição Brasileira,
segundo o qual esta entidade seria extinta, defendendo a manutenção da mesma e
discorrendo acerca do trabalho atualmente realizado por estes policiais em prol
da população brasileira. O Ver. Isaac Ainhorn falou sobre denúncias formuladas
pelo Jornal Zero Hora, acerca da venda de chaves por quadrilhas que se
aproveitam das invasões habitacionais ocorridas em nosso Estado, discorrendo
sobre a crise existente no setor habitacional brasileiro e analisando as
principais causas desta situação, entre elas o uso indiscriminado dos recursos
adquiridos com as cadernetas de poupança e a falta de fiscalização do governo
sobre o assunto. O Ver. Flávio Coulon congratulou-se com o Governador Pedro
Simon, pela implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde no Rio
Grande do Sul, comentando convênios firmados entre o Estado e a União, para a
recuperação do setor de saúde e discorrendo sobre os benefícios que estes
convênios trarão à população. E o Ver. Adão Eliseu atentou para as dificuldades
encontradas dentro das Brigadas e Polícias Militares do Estado, com as ameaças
de greve nestas instituições, em face dos baixos vencimentos recebidos em
especial pelas categorias de soldados e cabos, salientando a necessidade de que
estas classes sejam melhor remuneradas para que possam, assim, responder aos
anseios de segurança do cidadão e solicitando providências urgentes do Governo
Estadual neste sentido. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Ver. Pedro Ruas teceu
comentários acerca da intensa movimentação existente com relação à sucessão na
direção do Diretório Regional do PDT, a ocorrer em outubro, chamando a atenção
para as propostas apresentadas por grupos progressistas do Partido, analisando
o assunto. O Ver. Nilton Comin reportou-se ao pronunciamento de hoje, do Ver.
Pedro Ruas, acerca das propostas apresentadas pela ala progressista do PDT,
dizendo que no PMDB também há uma movimentação no sentido da implantação de
mudanças que viriam a beneficiar não só ao Partido, mas ao próprio processo
político-democrático. O Ver. Jorge Goularte discorreu sobre o problema da
insegurança urbana em nossa Cidade e a atuação demagógica de alguns segmentos
da sociedade, que lançam toda a responsabilidade da situação no sistema
econômico vigente sem buscar soluções concretas e viáveis para a crise
generalizada que atravessa o País. E o Ver. Aranha Filho registrou o
transcurso, amanhã, do Dia Nacional da Vacinação contra a Paralisia Infantil.
Destacou que o Rotary Clube Internacional assinou um convênio com o Presidente
da República na busca da erradicação da poliomielite em nosso País, comentando
a importância desse fato e solicitando a participação da Casa na divulgação da
Campanha a ser realizada amanhã. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente
levantou os trabalhos às onze horas e cinqüenta minutos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Brochado da Rocha, Teresinha
Irigaray, Gladis Mantelli e Frederico Barbosa e secretariados pelos Vereadores
Gladis Mantelli, Frederico Barbosa e Jorge Goularte, o último como Secretário
“ad hoc”. Do que eu, Gladis Mantelli, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por
mim.
O SR. PRESIDENTE (Brochado
da Rocha):
Esta Presidência submete ao Plenário Requerimento solicitando a inversão da ordem dos trabalhos. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Passamos, então, à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
1ª SESSÃO
PROC. 1264 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 42/87,
do Vereador
Pedro Ruas, que estabelece a exoneração do pagamento da tarifa na falta de
troco nos serviços de transporte coletivo do Município e dá outras
providências.
PROC. 1622 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 60/87,
do Vereador
Luiz Braz, que institui o zoneamento de farmácias e drogarias nos limites do
município de Porto Alegre.
PROC. 1718 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 67/87, do Vereador Clóvis Brum,
que autoriza a concessão de pensão à viúva do ex-funcionário (CC) da Câmara
Municipal de Porto Alegre Ruy Jader de Carvalho.
2º SESSÃO
PROC. 1661 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 64/87, do Vereador Isaac Ainhorn, que acrescenta parágrafo ao artigo 1º da
Lei Complementar nº 72, de 06 de janeiro de 1982.
PROC. 1603 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 21/87, do Vereador Flávio Coulon,
que concede o prêmio de Teatro Corpo Santo à Professora, Escritora e Teatróloga
Olga Garcia Reverbel.
PROC. 1712 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 48/87, que autoriza a doação de
imóvel que desafeta da distinção original para construção de escola.
PROC. 1388 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 50/87, do Vereador Antonio Hohlfeldt,
que dá nova redação ao § 2º e acrescenta § 3º ao artigo 54, da Lei nº 5732, de
31 de dezembro de 1985.
PROC. 1430 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 40/87, que declara de utilidade
pública a ASSOCIAÇÃO FILANTRÓPICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL AOS INDIGENTES DO RIO
GRANDE DO SUL - AFASI
PROC. 1454 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 53/87, do Vereador Flávio Coulon,
que denomina Rua Armando Albuquerque uma via pública.
PROC. 1459 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 54/87,
do Vereador
Raul Casa, que denomina Rua Ivescio Pacheco uma via pública.
PROC. 1469 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 55/87,
do Vereador
Isaac Ainhorn, que altera e acrescenta dispositivos na Lei nº 5732, de 31 de
dezembro de 1985, e dá outras providências.
PROC. 1476 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 56/87,
do Vereador
Raul Casa, que denomina Rua Hilário Cristo um logradouro público.
PROC. 1485 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 41/87, que cria Funções
Gratificadas e altera denominação e classificação de Cargos em Comissão.
PROC. 1592 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 45/87, que cria o Gabinete do
Vice-Prefeito, cria cargos em comissão e dá outras providências.
PROC. 1605 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 46/87, que autoriza o Município a
firmar Convênio com o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e dá
outras providências.
PROC. 1606 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 47/87, que autoriza o Departamento
Municipal de Água e Esgotos a firmar Contrato com a Caixa Econômica Federal e
dá outras providências.
PROC. 1499 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 01/87, que institui Área Funcional de Interesse Público, na forma da Lei
Complementar nº 43, de 21 de julho de 1979, e dá outras providências.
PROC. 1465 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 18/87, do Vereador Hermes Dutra,
que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao senhor Sheun Ming Ling.
PROC. 1477 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 19/87, do Vereador Isaac Ainhorn,
que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Nilton Waldemar
Stock.
PROC. 1588 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N º 20/87, do Vereador Raul Casa, que
concede o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético aos atletas do Grêmio
Foot-Ball Porto-Alegrense.
PROC. 1630 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 22/87, da Vereadora Teresinha
Irigaray, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Senhora Lygia
Pratini de Moraes.
PROC. 1631 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 61/87,
do Vereador
Jorge Goularte, que denomina Rua Hermeto Bermudez um logradouro público.
PROC. 1640 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 62/87,
do Vereador
Jorge Goularte, que denomina Rua Professor Leonardo Tochtrop um logradouro
público.
3ª SESSÃO
PROC. 1381 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 16/87, do Vereador Kenny Braga,
que concede o prêmio literário “Érico Veríssimo” ao poeta rio-grandense Luiz de
Miranda.
PROC. 1417 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 51/87,
do Vereador
Antonio Hohlfeldt, que denomina Praça Dante Barone um logradouro público.
PROC. 1453 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 52/87, do Vereador Flávio Coulon,
que denomina Rua Bruno Kiefer uma via pública.
PROC. 1494 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 57/87,
que
denomina Praça Tristão Sucupira Viana um logradouro público, do Vereador Hermes
Dutra.
PROC. 1497 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 43/87, que denomina Rua Santa
Paula, um logradouro público.
PROC. 1498 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 44/87, que autoriza o Município a
alienar áreas de sua propriedade a Milton Costa Vitola, Fritz Sandhas e outros
e condomínio do Edifício do Parque e dá outras providências.
PROC. 1525 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 58/87, do Vereador Aranha Filho,
que denomina Rua Carlos A. Ilha de Macedo um logradouro público.
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra para discutir
a Pauta o Ver. Flávio Coulon.
O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. O que me traz à tribuna, em primeiro lugar, é fazer uma referência
ao Projeto de Resolução nº 21/87, de minha autoria, que concede o Prêmio de
Teatro “Qorpo Santo” à Professora, Escritora e Teatróloga Olga Garcia Reverbel.
A Vereadora Teresinha Irigaray já ocupou esta tribuna para trazer seu apoio
pessoal a esta iniciativa, e muito melhor do que eu, até por ter sido aluna da
Professora, falou a respeito do mérito da concessão do título, falou e poderá
falar, pela proximidade que teve, melhor do que este Vereador. O meu respeito e
a minha admiração a esta Professora, além de partir da nossa convivência na
Universidade, se sedimentou na base de entrevistas concedidas e de depoimentos
de uma série de intelectuais do Rio Grande do Sul que vêem, na Professora, uma
figura extraordinária do nosso teatro. Fico muito à vontade e tranqüilo na
indicação, e com a certeza de que ela será aprovada, porque, pelo seu talento,
ela transcende a qualquer tipo de restrição que nós, mortais, poderíamos lhe
opor. E fico muito feliz em saber e propor este título a uma pessoa que se
confessa pedetista e brizolista convicta, de modo que fica o seu talento acima
dessas injunções partidárias, e fica o meu projeto marcado exatamente por esta
isenção partidária.
Em continuação, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, farei uma referência
ao Projeto que também tramita nesta Casa, e que tanta celeuma provocou
especialmente hostes municipais, que é o que cria o Gabinete do Vice-Prefeito,
criando cargos em comissão e dá outras providências. Eu espero que até a data
da votação deste Projeto, a Bancada do PDT se defina a respeito do mesmo e
espero que a Bancada do PDT se defina favoravelmente a respeito do mesmo para
evitar aqui um vexame que já existe na imprensa de nós termos um Projeto de Lei
do Executivo questionado dentro da própria Bancada do Executivo.
Quero, desde já, trazer o meu apoio pessoal a este Projeto. Conforme
sempre disse, não existe, no meu modo de entender, em matéria de Prefeito e
Vice-Prefeito, em matéria de remuneração de Prefeito e Vice-Prefeito, em
matéria de assessoria ou não, não existe a particularização no nome de Alceu
Collares e Glênio Peres, o que existe tão-somente é a dignificação desses
cargos, volto a repetir, não é possível que o Vice-Prefeito de Porto Alegre
continue marginalizado de direito e de fato dentro dessa Administração. Não é
possível que uma cidade como Porto Alegre não tenha para o seu Vice-Prefeito,
uma sala, um gabinete e alguma assessoria. Não é possível que se relegue o
Vice-Prefeito desta Cidade a uma ociosidade, a uma falta de condições de
trabalho pela sua Cidade, a uma falta de condições de colaborar com a
administração desta Cidade. De modo que, para que não digam que a Bancada do
PMDB faz uma oposição férrea, especialmente 4 Vereadores, ao Sr. Prefeito Municipal,
quero deixar bem claro que esse Projeto de Lei do Executivo, por seu mérito
inconteste, tem o apoio deste Vereador, um dos que é considerado como
oposicionista ferrenho. Terei muito prazer em votar favoravelmente. E, ao
encerrar as minhas palavras, faço um apelo, mais uma vez, à Bancada do PDT no
sentido de que debata esta questão internamente e a traga resolvida para esta
Casa para que nós, Vereadores de oposição, não tenhamos que assistir ao vexame
de os próprios Vereadores do PDT estarem conflitando a discussão desse Projeto
baseados em disputas pessoais e eleitoreiras de seu Partido. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Jorge
Goularte. V. Exa. tem 10 minutos.
O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Em Pauta, em 1ª Sessão, um Projeto com méritos absolutos,
indiscutíveis, mas que causa um constrangimento muito grande que pode criar uma
situação muito difícil para o futuro e, se aprovado nesta Casa criará um
precedente muito perigoso. É o Projeto do Ver. Clóvis Brum que autoriza a
concessão de pensão à viúva do ex-funcionário da Câmara Municipal, Ruy Jader de
Carvalho. Digo já de antemão, era meu amigo particular, pessoa belíssima,
funcionário exemplar, pessoa sem nenhuma restrição de nenhuma sigla partidária,
porque não misturava as siglas na sua convivência na Casa. Acontece que
infelizmente o Município de Porto Alegre, e digo infelizmente porque ainda não
houve no Município uma providência no sentido de unificar a AFM e o MFM, sugestão
que fiz a mais de dez anos, no sentido de criar um instituto de previdência do
municipário, ampliando a participação de funcionários do Município e dando uma
condição melhor de atendimento não só na previdência, mas na saúde e na
moradia, como funciona o IPERGS. Da forma como o Projeto está elaborado, e aqui
o Auditor Geral da Casa dá seu Parecer que poderia ser modificado com alguns
tópicos do Montepio do Funcionário Municipal para que também desse pensão aos
funcionários da Câmara, inclusive aos que têm cargo em comissão. É muito
desagradável, é extremamente ingrato falar sobre este assunto, mas alguém tem
de fazê-lo. Não é possível que tenhamos de abrir um precedente perigosíssimo
para todo o sempre, sem nos manifestarmos a respeito. É justo que a viúva do
funcionário seja amparada? Sim, claro que sim. É da maior justiça que nós
tenhamos por esta senhora um carinho todo especial, porque era a esposa de um
grande funcionário desta Casa, um amigo, uma criatura maravilhosa, e não é por
ter falecido. Mas penso que nós temos que ter coragem de tocar em assuntos
desta ordem quando implica uma situação que vai criar um precedente muito
perigoso em detrimento daqueles que descontam no Montepio, porque esses vão
receber uma quantia ínfima, ao passo que o Projeto tem uma previsão na base de
5 salários mínimos de hoje.
O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.). Vereador, apenas para lhe ajudar neste transe
doloroso. Quer-me parecer que, em a viúva já recebendo uma pensão do Montepio, ficaria
vedada a concessão do segundo benefício através do Município. E já que V. Exa.
tomou a si esta dolorosa incumbência de trazer o assunto, dolorosa incumbência
que dignifica V. Exa. porque teve a coragem de abordar da tribuna este assunto,
eu lhe sugeriria que examinasse o aspecto legal, também, desta questão, uma vez
que por aí existe uma saída menos traumatizante para este Plenário.
O SR. JORGE GOULARTE: Eu sou grato a V. Exa.
Exatamente, é lamentável - eu não vejo na Casa o Ver. Clóvis Brum - esta
situação deixa os demais Pares, os Colegas numa situação muito difícil e muito
constrangedora, repito e enfatizo.
A Sra. Bernadete Vidal: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Vereador, eu acho lamentável que o Ver. Clóvis Brum
não esteja aqui, porque eu tenho que fazer uma crítica: esse Projeto não
deveria ter entrado. Para começar, este Projeto não deveria ter entrado assim
como ele está. Nós vamos ser obrigados a votar em cima da necessidade de uma
pessoa, enquanto que o Projeto, que demagogicamente, só autoriza, é um Projeto
que autoriza apenas e não tem caráter de obrigar ninguém a cumprir. Brincar em
cima das necessidades de uma senhora viúva, de um companheiro nosso, amigo de
todos nós, só fico com pena que o Ver. Clóvis Brum não esteja aqui para ouvir
eu dizer que isto não é sério e nem ético.
O SR. JORGE GOULARTE: Eu repito como eu disse, é
algo doloroso a gente ter que falar nestes assuntos. Mas acontece que alguma
coisa tem que ser feita para que estes fatos possam ser acolhidos sem traumas e
possam ser até propostas estas soluções mais legalmente, de maneira legal. Da
maneira como foi proposta, é simplesmente uma forma de querer sanar o aspecto
legal apenas com uma assinatura autorizando o Poder Executivo a tomar esta ou
aquela decisão. Eu que já propus alguns projetos autorizando, não desta forma,
mas autorizando a construção de centros integrados, etc., e que o Prefeito
vetou, eu espero que ele tenha o comportamento retilíneo e ético também de
analisar os projetos desta ordem.
O Sr. Rafael Santos: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.). Nobre Vereador, exatamente na linha de raciocínio de
V. Exa., eu tive a oportunidade de ir à tribuna mais de uma vez combater e
votei contrário a dois Projetos de V. Exa., nos quais V. Exa. há que recordar
disto.
O SR. JORGE GOULARTE: E os centros integrados.
O Sr. Rafael Santos: E os centros integrados. E
naquelas oportunidades eu havia afirmado que não era um posicionamento
contrário à existência dos centros integrados como contrário à existência da
Secretaria de Fiscalização. É que este estilo de Projeto de Lei não conta com o
meu beneplácito. Simplesmente jogar para cima, a Câmara simplesmente joga para
cima, autoriza, eu sou contrário. Eu acho que ou cria, ou dá, ou nega. De tal
forma que lamentavelmente eu acho que este Projeto foi um Projeto apresentado
em má hora e deu origem, para nós, à discussão deste Projeto. Mas realmente, é
um Projeto que não deveria nunca ter sido apresentado nos termos em que o foi.
O SR. JORGE
GOULARTE: V.
Exa. foi contrário a outros Projetos que não criavam nenhuma situação de
constrangimento e nem uma possibilidade de, no futuro, dar um privilégio que
não existe para todo o sempre. Nós temos que legislar pensando no futuro. É
evidente que é lamentável, eu acho que o Projeto, infelizmente, não só
impróprio para o momento mas também intempestivo e, lamentavelmente, demagógico
e leviano. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A palavra com o Ver. Hermes
Dutra pelo tempo de 10 minutos.
O SR. HERMES
DUTRA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Eu gostaria de retornar ao assunto do Ver. Jorge
Goularte, agora quero encará-lo sobre outro aspecto, o que efetivamente não
invalida o que o Ver. Jorge Goularte disse anteriormente. Eu aproveito a
oportunidade deste Projeto, porque é muito constrangedor para nós, e isso é bom
que se registre - eu fui o primeiro a falar na época, inclusive junto à Bancada
do PDT e até dei uma solução para a questão, e na ocasião eu disse à Bancada do
PDT que seria uma obrigação arranjar emprego para a esposa do funcionário, já
que tem tantos casos aqui na Câmara em função desse acordo, para que ela não
passe necessidade. Dei a sugestão, informalmente, a vários Vereadores do PDT,
se fizeram ou não, não me compete, não tenho nada a ver com isso, porém seria
uma forma de contribuir para que a família não passasse necessidade.
Agora, a questão que eu quero
enfocar é exatamente essa incongruência, essa excrescência que é a situação dos
que ocupam cargo de confiança na Casa. É uma vergonha para o Poder Legislativo
essa situação. Quero chamar a atenção da Mesa desta Casa, pois está na hora de
encontrarmos uma solução para esse problema. Não podemos mais continuar tendo
empregados, colaboradores, funcionários, seja lá o termo que se queira dar,
vivendo a situação dramática de que, se eventualmente vierem a falecer, sequer
a família tenha recursos para lhe custear o caixão. Aliás, perdoem o
trocadilho, o preço de um caixão “está pela hora da morte”. Vivi duas
experiências, Ver. Adão Eliseu, e pude constatar, que, pobre, neste País, não
pode morrer, pois quando ele vive, os drama são seus e, quando morre, ele os
transfere aos outros, aos seus familiares. Sou muito prático nesta questão.
Peço que a Mesa dedique uma atenção especial a esta questão. Sou prático e acho
que “nhê-nhê-nhê” não resolve.
Temos a ABECAPA, à qual, há dias, associei-me por uma questão de
espírito associativista. Alguém me falou que havia um seguro e solicitei o
seguro. Fiquei pasmado com os valores do prêmio do seguro: são 100 mil
cruzados, 150 mil cruzados. Só dá para pagar o enterro.
Acho que quem administra a Casa tem a obrigação de... Não é crítica ao
Ver. Brochado da Rocha, que é um homem preocupado com esta situação, mas, sim,
talvez seja uma crítica às Mesas anteriores, ao sistema implantado, pois nunca
ninguém parou para olhar para esta questão. A Mesa, a Câmara tem a obrigação de
oferecer um seguro decente a cada um de seus funcionários. E mais: arcar com a
boa parte da despesa desse seguro, pois o funcionário deve pagar uma parte
pequena e o resto, a Casa. A propósito disso, pedi à Assessoria de meu gabinete
que tente viabilizar um projeto de lei que torne isso obrigatório. Não é
possível continuar essa situação. Ontem, foi o nosso ex-colega Ruy Jader Carvalho,
homem benquisto na Casa, trabalhador, esforçado, e que, segundo diz o Projeto
do nobre Vereador Clóvis Brum, a família está passando necessidade. Agora, a
concessão de pensões é um ato, altamente constrangedor para esta Casa, porque
isto abrirá um precedente perigosíssimo.
Confesso que não tenho coragem de votar contra. Sou um homem que tenho
as minhas posições, não tenho coragem de votar contra. Vou ser bem franco.
Agora, ele é constrangedor, é perigoso, e a solução que tem que ser dada deve
ser outra e não esta.
Peço que a Mesa avalie esta situação. De minha parte vou tentar
apresentar um projeto de lei obrigando a ter um sistema de seguro.
De seguro, Vera. Bernadete Vidal, porque de previdência eu já estou
cansado. Previdência governamental trocado por nada é caro. Acho que devemos
fazer um seguro, com uma empresa particular, porque se o funcionário morrer a
família recebe sem burocracias, sem maiores filas, uma importância que lhes
permita passar aquela fase difícil, e ainda ter condições de recomeçar uma
vida, ou se for o caso, concluir uma vida, quando a pessoa já estiver muito
idosa.
Esta é a questão, aliás, Verª Bernadete Vidal, em relação a isto,
embora entenda o espírito que V. Exa. quer dizer, a previdência pública está
falindo. E eu já alertava esses dias, que a folha dos aposentados da Prefeitura
de Porto Alegre a cada ano que passa aumenta percentualmente na composição
final de gastos de pessoal, porque não é tarefa do Município pagar
aposentadoria. Aposentadoria, em qualquer país civilizado, é através de fundos
que se paga. É uma contribuição que se arrecada de quem trabalha e de quem
emprega durante o período de vida que a pessoa trabalhou, e da aplicação desses
recursos vai-se pagar uma aposentadoria decente para as pessoas. E os Estados e
os Municípios que não querem dar-se conta dessas situações, por ignorância, ou
por má-fé, sei lá, não fazem nada neste sentido, e insistem em pagar a
aposentadoria aos seus funcionários. E me cobrem, porque pretendo viver no
mínimo mais quarenta anos, dentro de vinte anos nenhum Município ou Estado
brasileiro conseguirá custear a aposentadoria dos seus funcionários, porque a
expectativa de vida da população está aumentando e, se as pessoas morriam antes
dos 60 anos, hoje a expectativa é de que morram aos 70, e por conseqüência
permaneçam mais 10 anos ganhando do Município ou do Estado, sem trabalhar
porque estão aposentados. Como o Estado e o Município são gastadores, não se
preocupam com o futuro, não há um fundo que garanta estas aposentadorias e,
como resultado, a cada ano que passa, a folha dos aposentados e pensionistas
aumenta em volume pequeno, mas como visão de futuro assustadora. Eu não tenho
dúvida de que aqui a dez anos vão ferrar os aposentados, dizendo que tem que
pagar a quem trabalha, e aí vão diminuir seus salários, que já são mínimos,
para poder pagar os que trabalham, porque não vão ter condições de pagar
aposentados e ativos ao mesmo tempo, tal o volume das despesas que se está
alcançando. Tem que haver um fundo, um instituto de previdência, como disse o
Ver. Jorge Goularte, que seja sério. Que o Governo arrecade e entregue e que
não faça como o IPE que desde 1930 e poucos ele dá com “perna de anão”. Todo
mês deixa de dar um pouco. Ou como a Previdência Social Brasileira cuja
filosofia primeira era tripartite: o empregador, o empregado e o Governo. O
empregado recolhe, o empregador, senão recolhe o INPS multa, e só o Governo não
repassa a parte dele. Então, está na hora de começar a pensar nesta questão.
O Sr. Nilton Comin: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.). Me coloco a seu lado e do Ver. Jorge Goularte de que
as coisas sérias têm que ser tratadas com seriedade, porque nós, homens
públicos, e a nobre Verª Bernadete Vidal teve um aparte brilhante, temos uma
responsabilidade muito grande. O político é descreditado, de uma forma geral,
porque alguns não têm credibilidade. Então, os outros, aqueles que procuram
fazer um trabalho sério, vão no mesmo filão. Quando V. Exa. colocou que a
expectativa de vida aumenta, em algumas regiões, eu concordo com V. Exa.,
noutras não, e como a matéria em foco não é esta, eu quero me colocar ao lado
de todos os pronunciamentos feitos até agora, neste sentido, para que, também,
haja um seguro obrigatório feito por uma empresa particular. Mas que este
seguro seja tão bem feito que a família possa, imediatamente, receber e fazer
aquilo que V. Exa. colocou: não dá nem para custear aquelas despesas mínimas da
despedida daquele ente querido.
O SR. HERMES DUTRA: Eu agradeço a V. Exa.,
agradeço ao Sr. Presidente e aos Srs. Vereadores, e peço à Mesa que atente para
esta questão. É vital que comecemos a pensar neste problema, senão por todos os
motivos, até por mais um, para dar tranqüilidade àquela pessoa que está
trabalhando ao nosso lado, que, vendo situações como esta, certamente não têm
muito incentivo para trabalhar. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não há mais quem queira
discutir a Pauta.
Solicito à Sra. 1ª. Secretária que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a verificação de “quorum”.
A SRA. 1ª SECRETÁRIA: (Procede à verificação de
“quorum”.)
Há “quorum”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Passamos, então, à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0816 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 19/87, do Ver. Adão Eliseu, que
declara de utilidade pública o Grande Oriente do Rio Grande do Sul, instituição
maçônica.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Cleom Guatimozim: pela tramitação; e
- da CECE. Relator, Ver. Clóvis Brum: pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão PLL nº 19/87.
(Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 19/87
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa, Requerimento de autoria do Ver. Adão Eliseu, solicitando
seja o PLL nº 19/87 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para
sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 0761 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 07/87, do Vereador Isaac Ainhorn,
que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Senhora Evelyn Berg
Ioschpe.
- da CJR. Relator, Ver. Kenny Braga: pela
aprovação e,
- da CECE. Relator, Ver. Mano José: pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão PR nº 07/87.
Para discutir o Projeto de Resolução nº 07/87 está com a palavra o Ver. Flávio
Coulon.
O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, venho a esta tribuna para trazer o meu apoio a este Projeto, mas,
mais do que isto, para lamentar que o autor do mesmo não esteja presente na
Casa, na hora em que o Projeto vai ser votado, desconsiderando a homenageada,
no meu entender. Houve, há pouco, uma correria imensa aos gabinetes, para se
conseguir número de Vereadores suficiente para a votação e, assim mesmo, o Projeto
vai ser votado sem a presença do seu autor. Isto é algo que eu não poderia
deixar passar. Acho que, pelo menos, o autor do Projeto deve estar presente na
hora da votação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais quem queira
discutir, em votação.
O SR. FLÁVIO COULON: Para um Requerimento, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE: V. Exa. está com a palavra,
Vereador.
O SR. FLÁVIO COULON: Requeiro que o PR nº 07/87
seja submetido à votação nominal.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver. Flávio Coulon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Solicito à Sra. 1ª Secretária que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
A SRA. 1ª. SECRETÁRIA: (Procede à chamada e fez o
levantamento dos votos dos Srs. Vereadores.)
Há 20 Srs. Vereadores presentes, com 19 votos SIM.
Resultado da Votação. Votos SIM
(19) Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Bernadete Vidal,
Clóvis Brum, Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Jorge Goularte,
Mano José, Paulo Sant’Ana, Paulo Satte, Rafael Santos, Teresinha Irigaray,
Nilton Comin, Flávio Coulon, Pedro Ruas, Auro Campani e Kenny Braga.
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PR nº 07/87.
Sobre a mesa, Requerimento de autoria do Ver. Adão Eliseu, solicitando
seja o PR nº 07/87 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua
Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Há ainda para ser votado o seguinte Requerimento: de autoria do Ver.
Brochado da Rocha, de Voto de Pesar pelo falecimento de Ernesto Bernardi. Em
votação.
O SR. BROCHADO DA ROCHA: Para encaminhar, Sra.
Presidente.
A SRA. PRESIDENTE (Teresinha
Irigaray):
V. Exa. Está com a palavra.
O SR. BROCHADO DA ROCHA: Sra. Presidente e Srs.
Vereadores, o Voto de Pesar se dirige a um cidadão chamado Ernesto Bernardi que
é membro da Direção do PCB e não encontrava-se nesta Casa o ilustre Ver. Lauro
Hagemann, de tal sorte que tomei a liberdade de fazê-lo, mas quero deixar
registrado nos Anais que em verdade apenas cumpri aquilo que determinaria uma
conduta não estando o Vereador presente por ter viajado a Brasília. Este
Vereador subscreveu aliado ao fato de ter privado muitas vezes com a pessoa
pela qual hoje se requer Voto de Pesar. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
ora encaminhado. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(Obs.: Foram aprovados os demais Requerimentos constantes na Ata.)
Passa-se ao período de
EXPLICAÇÃO PESSOAL
Com a palavra o Ver. Jorge Goularte, por transposição de tempo com o
Ver. Flávio Coulon. V. Exa. tem 5 minutos.
O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Esteve ontem, em Porto Alegre, o Ministro chorão, da Previdência
Social, aquele que chora muito menos do que o povo, porque o povo chora muito
mais por causa dos atos dele. Mas o Ministro veio a Porto Alegre e eu tenho que
dizer que concordo com o que ele veio fazer aqui, que é transferir a
responsabilidade do atendimento de saúde pública ao Estado e em conseqüência,
por extensão, aos Municípios. E eu não quero ser repetitivo mas, vejam bem,
agora o Governo federal transfere aos Estados e Municípios a responsabilidade
integrada de realizarem o atendimento de saúde pública à população. Eu vou,
mais uma vez, tentar fazer com que Porto Alegre tenha os seus Centros
Integrados. Já estou marcando uma audiência com o Sr. Governador do Estado para
levar ao Governador - apesar de vetado pelo Prefeito - o Projeto aprovado por
esta Casa que cria os Centros Integrados nos Bairros Populares. Me parece que
poderá, apesar de tudo, haver uma integração entre o Estado e Município para
que, em sistema de mutirão com a comunidade, os clubes de serviço, comércio,
indústria se construam esses Centros Integrados que visam dar mais segurança
pública à população e dar mais saúde, comunicação, transporte, juntos,
especialmente, à periferia e aos mais carentes. A questão da segurança nas
grandes cidades e Municípios de todo o Brasil é algo que deve ser enfatizado,
deve ser repisada, sempre, deve ser colocada porque não é possível que não
possa o cidadão estar em uma situação em que ele sai de casa pela manhã e não
sabe se retorna, pelo menos com vida. O que tem ocorrido é algo assustador, a
pessoa vive traumatizada com a possibilidade de ser assaltada e mais do que
isto, morta, como aconteceu com o Dr. Sérgio Schapoval.
Eu pergunto se nós tivéssemos no Centro de Porto Alegre pequenas
guaritas de segurança pública para atender os quarteirões centrais, isto não
seria válido para a segurança da população e para o turista que nos visita, que
ali também poderia ter o mapa da Cidade, informações sobre o turismo, enfim,
uma pequena guarita? Isto não seria demais, porque eu tenho certeza de que as
empresas de Porto Alegre doariam, tranqüilamente, estas guaritas para serem
colocadas como posto de atendimento comunitário à população, os PAC, postos de
atendimento à comunidade, que eu tento há tantos anos implantar em Porto Alegre
e vou continuar peleando para que chegue a bom termo.
O Sr. Nilton Comin: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) V. Exa. pode contar com este Vereador, nesta idéia
que V. Exa. deve perseguir, porque o Comandante da Brigada disse, aqui
presente, a todos os Vereadores desta Casa, que no Japão se faz isto. V. Exa.
Até poderá obter recursos da iniciativa privada, das associações comunitárias
que estão se prontificando a doar automóveis à polícia, combustível à polícia.
Então V. Exa. tem um projeto meritório que infelizmente não foi bem
compreendido e bem assimilado por S. Exa. o Prefeito desta Capital.
O SR. JORGE GOULARTE: Eu estive em contato há
poucos dias com o Presidente do Sindicato dos Revendedores do Combustível, o
jovem César Ramos, um jovem brilhante e ativo que é filho do ex-candidato a
Senador, Mário Ramos, do PFL, exatamente solicitando de parte dos postos a área
física para construir postos policiais que atenderiam a população do entorno do
posto, o próprio posto e seriam segurança para os motoristas de táxis, na
identificação dos passageiros no período noturno. Os empresários têm interesse
em colaborar. Então, nós temos que criar projetos que não dêem despesas, porque
se sabe que falta recursos. E quando fazemos isso recebemos um veto por ser
contrário ao interesse público! É extremamente difícil legislar nesta Cidade
com a incompreensão do Poder Executivo. Porém, volto a insistir: acho de
extrema necessidade que se construam as guaritas nos quarteirões, nos centros
integrados dos bairros e que se retorne aos antigos guardas de quarteirão para
se dar um pouco mais de segurança à população de Porto Alegre.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, eu gostaria
de apresentar à Mesa um Requerimento para que fosse dado parecer conjunto das
Comissões para o Proc. nº 1718, PLL nº
67/87, de autoria deste Vereador, que autoriza uma pensão à viúva do falecido
funcionário Ruy Jader de Carvalho e cujo documento já se encontra na Mesa.
O SR. PRESIDENTE: Peço ao Sr. Secretário “Ad
Hoc” que faça a verificação de “quorum” para votação.
O SR. SECRETÁRIO “AD HOC”
(Jorge Goularte): Não há “quorum”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Não havendo “quorum” para a
votação, concedemos a palavra ao Ver. Hermes Dutra em Explicação Pessoal.
O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o Vereador, diariamente, recebe comissões que vêm trazer as suas
reivindicações. Algumas se encaminham e outras não, porque nada se pode fazer.
Quero aproveitar este tempo para me solidarizar com uma reivindicação que
recebi de um grupo, que está fazendo um trabalho com vistas à modificação do
monstro gerado, que foi o anteprojeto da nossa futura Constituição. Refiro-me
ao pessoal da Polícia Rodoviária Federal, que tem prestado serviços
inestimáveis. É um poder civil - não é militar -, comandado por civis e que, no
aspecto de fiscalização do trânsito, em estradas, de socorro às vitimas de
acidentes, de organização do tráfego em momentos bons e ruins, a Polícia
Rodoviária Federal, pode-se dizer com absoluta tranqüilidade tem cumprido com
aquilo que se possa esperar de uma corporação. Pois, lamentavelmente, no texto
da futura Constituição, se termina com a Polícia Rodoviária Federal e se incorpora
às Polícias Militares Estaduais. Já, em várias vezes me manifestei, de forma
veemente, à preservação das polícias militares, em particular à nossa Brigada
Militar; agora, querer inchar as polícias militares agregando-se-lhes a atual
Polícia Rodoviária Federal é prestar um desserviço ao trânsito, às estradas e
às próprias polícias militares. Porque basta, visualmente, quem viaja, passar
nos postos rodoviários e ver os guardas que estão ali. Temos guardas de vinte e
cinco anos, tem guardas de cinqüenta anos.
Já imaginaram como vai ser esta forma de incorporação às polícias
militares? A complicação que vai dar será muito pior do que foi a antiga
incorporação da polícia de trânsito, que até hoje ainda temos problemas dentro
da Brigada Militar. E na guarda-civil, como me lembra o Ver. Adão Eliseu.
Não sei como algumas sugestões saem das cabeças dos constituintes:
extinguir a Polícia Rodoviária Federal é um desserviço, às estradas, ao
tráfego, às famílias, aos motoristas, aos acidentados. Incorporá-las às Polícias
Militares é criar um enorme problema para essas próprias polícias, com os
problemas inerentes a uma fusão. Nós sabemos que as polícias militares e aí
está o seu sucesso, diga-se de passagem, tem um regimento extremamente rígido
de ascensão dentro dos seus quadros de promoção dos seus membros. Agora, que
rolo vai dar, entrar um inspetor da polícia federal com cinqüenta anos de
idade, por exemplo, na nossa Brigada Militar? Vai entrar como Sargento, vai ser
Capitão? E o chefe da Polícia Rodoviária Federal, que é um civil, será Coronel
da nossa Brigada Militar?
Tem muitas coisas, que infelizmente não dá para entender, não sei se o
objetivo foi unificar, porque não sei se há em outros Estados, como o Rio
Grande do Sul, uma companhia de policiamento rodoviário, que cuida das estradas
estaduais, talvez fosse este o objetivo, mas, mesmo sendo esse o objetivo, não
há justificativa, porque vão criar mais e mais problemas para quem usa as
estradas e para a própria polícia militar.
Por isso, faço um apelo da tribuna, já encaminhei telegrama às
lideranças do Congresso Nacional e, ao que sei, está se trabalhando em todo o
País, para que mais esta besteira, no festival de besteiras que está sendo esta
futura Constituição, não seja incluída no nosso texto constitucional e que se
preserve a atual estrutura, vinculada ao DNER, quer dizer, vinculada ao poder
civil a nossa polícia rodoviária federal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Pela ordem, com a palavra o
Ver. Frederico Barbosa. Ausente. Com a palavra, a seguir, o Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. O assunto que me traz à tribuna, nesta manhã, diz com as denúncias
formuladas na reportagem do jornal Zero Hora do dia de ontem e de hoje,
envolvendo a triste cena de venda de chaves e o aproveitamento das chamadas
mini invasões e ocupações de apartamentos e residências nos conjuntos
habitacionais da cidade de Porto Alegre e da Região Metropolitana.
Infelizmente, o que se tem observado, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é uma
insensibilidade total das autoridades governamentais do País, com relação ao
problema habitacional em nosso País. Quero registrar, antes de mais nada, a
oportunidade destas reportagens para trazer à discussão da responsabilidade por
estas situações ilícitas e ilegais de vendas e transferências de chaves, por
que isto ocorre? Evidentemente ninguém é ingênuo para admitir que as vendas de
chaves ocorram em função e por culpa de um ou outro delinqüente, ou de
explorador do povo, que se vale desta situação para a compra e venda de chaves.
Absolutamente, as raízes do problema se encontram em situações, em fatos muito
mais longínquos que se diz com a implantação, em 1964, do chamado Sistema
Financeiro da Habitação, criado pela Lei nº 4.380, de 1964. A mesma Lei que
criou o Banco Nacional de Habitação. Infelizmente, durante quase 20 anos, os
recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, os recursos dos
trabalhadores brasileiros, os recursos oriundos da Caderneta de Poupança foram
basicamente carreados para mansões luxuosas e para apartamentos duplex, sem
haver uma correta e racional aplicação dos recursos governamentais que deveriam
ser destinadas à área habitacional do País. Uma aplicação dos recursos
financeiros indiscriminada. E, de outro lado, a falta de fiscalização do
Governo Federal que liberava dezenas de milhões de cruzeiros, à época, para os
investimentos mais escabrosos e o nosso Estado é testemunha disto. Há mais de
15 anos, iniciou-se, aqui no nosso Estado, a exemplo de outros Estados, o
chamado financiamento da habitação popular em que liberavam milhares de
cruzeiros para conjuntos habitacionais populares que a história mostrou, em
curto prazo de tempo, que não resistiriam pouco mais de alguns anos. E muita
gente boa, e muita gente que pousa de honesto, tem responsabilidade e “culpa no
cartório” pelo caos social em que se transformou o problema habitacional em
nosso País.
Não se pode compreender, agora, o problema habitacional e também esta
crise de invasões sem se recuar há cerca de 5 anos atrás, quando, em 1982, o
Governo Federal determinou um aumento na prestação do Sistema Financeiro de
Habitação, na base de 264%. Foi ali, justamente, em 1982, que homens honrados,
pais de família, apavorados, se dirigiam aos agentes financeiros, para
entregarem as habitações, porque não tinham condições de continuar pagando. E
os tecnocratas do regime o que disseram? Que não tinham condições de receber as
casas, porque havia um contrato escrito. As pessoas apavoradas, porque não
tinham condições de pagar a sua prestação, abandonaram os seus prédios,
abandonaram as suas casas. Durante esses cinco anos, o que tem-se observado é o
abandono das casas por homens honrados, que não tiveram condições de pagar as
suas prestações. E esses prédios vazios são os que têm servido, durante todos
esses anos, para que sejam comercializados, ilicitamente, nesse chamado jogo
famigerado de venda de chaves. Os grandes culpados são o Governo Federal, pela
sua total omissão em resolver, de um lado, essas situações e, de outro lado,
pela sua omissão - tanto do Governo Federal quanto do Estadual - de vender ou
liberar os imóveis imediatamente para as milhares de pessoas que se acham
inscritas nas cooperativas habitacionais, para comprar imóveis. Por todas essas
razões é que encontramos as raízes dessas invasões e a venda de chaves. E é
isso que queremos denunciar daqui, que não se vá acusar um pobre diabo, que
vende chaves e que se aproveita da miséria alheia, como responsável pelos fatos
que estão ocorrendo atualmente. O grande responsável, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, é a omissão do Governo Federal, tanto da Velha quanto da Nova
República; os grandes responsáveis são os agentes financeiros, que se omitem
totalmente. Está faltando energia aos governantes, para darem uma solução ao
problema habitacional. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Flávio
Coulon.
O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, tenho certeza de que, assim como fez com a Reforma Agrária, o
Estado, o Governador Pedro Simon também resolverá esse problema das invasões.
Mas não é esse o assunto que aqui me traz. O que me traz aqui, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, é me congratular com o Governo Pedro Simon, pois quando o
deixaram governar, começou a governar a todo vapor. Trouxemos para Porto
Alegre, ontem, uma experiência, que já funciona em outros doze Estados, que é o
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), pelo Ministro da
Previdência e Assistência Social, Raphael de Almeida Magalhães, no Palácio
Piratini. Durante a solenidade, o Ministro assinou 11 convênios, beneficiando,
também, os Hospitais São Pedro, Penitenciária e Colônia de Itapuã, no valor
total de Cz$ 2 bilhões e 100 milhões. Porém, o convênio mais importante é o da
descentralização da saúde, que possibilitará, segundo o Ministro, que a União
auxilie os Estados a recuperarem seus sistemas e terem condições de melhorar os
serviços públicos. O novo sistema deverá estar funcionando completamente até o
dia 30 de novembro. A conseqüência imediata será a criação dos distritos
sanitários. Estes distritos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, serão
territórios com uma população definida entre 30/40 mil pessoas e disporão de
postos de saúde oficiais, dentro da região, para seu atendimento, tanto na área
de prevenção, como de tratamento. E, se o atendimento for muito especializado,
os usuários serão encaminhados aos hospitais credenciados para isto, como, por
exemplo, em Porto Alegre, o Clínicas e o Conceição. Em relação ao Hospital de
Clínicas, faremos dele o primeiro exemplo nacional de distritalização. Os
recursos destinados aos distritos serão administrados pela Secretaria da Saúde
e os funcionários terão os salários equiparados aos funcionários federais do
setor. Vejam os benefícios desta prática que será implantada no Rio Grande do
Sul. Será garantido que este avanço na assistência médica eliminará as
distorções atuais, como a situação dos camponeses, que reclamam as cobranças
ilegais feitas por médicos e hospitais do interior. Com o distrito, o
responsável pelo serviço estará na cidade, bem perto, e a reclamação será
melhor encaminhada. Trata-se, conforme puderam os Srs. Vereadores verificar, do
marco histórico dos assuntos de saúde no Estado do Rio Grande do Sul. O Governo
Pedro Simon, com o apoio da sociedade, havia se comprometido a municipalizar o
atendimento médico, ou seja, levar atendimento médico às populações mais
carentes; fazer a ligação efetiva e afetiva ente o sistema médico e os
habitantes de uma determinada região, e agora registramos, com muito prazer e
muita alegria, a concretização desse acordo. Estamos mostrando, finalmente, ao
Rio Grande do Sul que, com condições psicológicas, com condições objetivas de
podermos pensar em trabalho, em planejamento, nós daremos ao Rio Grande do Sul
uma resposta adequada àquela consagração que ele nos prestou nas urnas ao final
do ano passado. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Teresinha
Irigaray): Ver.
Antonio Hohlfeldt. Ausente. Vereador Adão Eliseu.
O SR. ADÃO ELISEU: Sra. Presidente e Srs.
Vereadores. Há pouco tivemos o Vereador Flávio Coulon, nesta tribuna, elogiando
o Governo do Estado com suas atitudes, muito natural! Mas é muito natural
também, Srs. Vereadores, que eu venha a esta tribuna alertar o Governador,
alertar as lideranças do PMDB para um fato que está na iminência de se
constituir num grande acontecimento negativo para o Governo do Estado. Hoje a
gente fala em violência, em criminalidade, em coibir a criminalidade, mas não
se toma uma providência fundamental entre outras. A primeira seria fazer uma
revolução no País, com redistribuição da renda mais eqüitativa, porque a causa
da criminalidade é social. Mas há um problema que o Governador pode dar
atenção. Há poucos dias o Comandante da Brigada Militar conseguiu coibir e
fazer com que a Brigada Militar, os Cabos e Soldados, não entrassem em greve, o
que seria um fato inusitado na história dos 150 anos de existência da Brigada
Militar. Polícia Militar não pode fazer greve, mas acontece que o funcionário
público também não pode e faz. Houve um caso na Bahia em que a Polícia Militar
entrou em greve.
A Brigada Militar no dia 20 teria entrado em greve se o seu Comandante
não tivesse prometido, a partir de uma promessa feita nos gabinetes do Palácio
Piratini, pelo Governador do Estado e pelo Secretário da Fazenda, de que os
Cabos, Soldados e Sargentos da Brigada Militar, dentro de um pequeno espaço de
tempo, teriam seus vencimentos aumentados de tal forma que a Brigada Militar
pudesse continuar com a escolha qualificada que está tendo por ocasião do
ingresso civil na Corporação. Os Senhores sabem que os vencimentos dos Soldados
da Primeira Classe, de 4.500 cruzados, não possibilita constituir uma família.
Como eles são profissionais, porque fazem da Brigada Militar sua profissão, mas
poderiam, se ganhassem um pouco mais, prestar um serviço muito melhor, muito
mais adequado ao momento histórico que estamos vivendo, e poderiam criar sua
família e viver num ambiente muito melhor, e não aquele da periferia de nossa
Cidade. Nada temos contra os vileiros, mas sabemos que o homem é produto do
meio, se é produto do meio, o Soldado que vai cuidar dos interesses da
comunidade, do bem-estar, do patrimônio particular, do patrimônio público da
sociedade, merece ganhar um pouco mais para viver melhor e ser fruto de um
ambiente um pouco mais adequado para os momentos em que estamos vivendo.
O Sr. Jorge Goularte: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Somo-me a V. Exa. No pronunciamento no que tange aos
vencimentos dos Soldados da Brigada Militar, das praças da Brigada
especialmente, porque é um pessoal que tem um trabalho estafante, desgastante,
de alta periculosidade que a população não se dá conta do que esta gente faz
para manter um pouco de segurança para o cidadão do Rio Grande e de Porto
Alegre. Parece-me que não adianta o Governo mandar - não precisa ser muito
inteligente para saber disso - centenas de automóveis se não tem gasolina para
um automóvel. Que dê condições de vida ao policial para que ele tenha uma vida
digna, possa prestar um serviço melhor e que dê a mínimas condições de
funcionamento de cada posto policial, de cada unidade, e não mandar 700
automóveis que serão mais 700 viaturas paradas, porque não tem gasolina. Alguém
tem que fazer alguma coisa para a segurança do cidadão brasileiro, gaúcho e
porto-alegrense. Obrigado.
O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Gostaria de me somar às suas preocupações e dizer que
realmente a informação que tenho é que a prioridade número um do Governo Pedro
Simon, no momento, é arranjar uma forma de remunerar condignamente a Brigada
Militar. É uma necessidade prioritária. Agradeço o alerta de V. Exa. porque
ajuda que a pressão aumente. Obrigado.
O Sr. Pedro Ruas: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Cumprimento V. Exa., Ver. Adão Eliseu, pelo
pronunciamento, pela oportunidade desse apelo e fico muito contente com a
informação do Líder do PMDB nesta Casa de que a prioridade nº 1 do Governo
Pedro Simon é justamente atender ao apelo que foi feito por V. Exa. nesta
tribuna. Muito obrigado.
O SR. ADÃO ELISEU: Agradeço a V. Exa. pelo
aparte.
Para concluir, Sra. Presidente, quero dizer que não tenho delegação
para questionar junto ao Governo do Estado no sentido da busca de melhorias de
vencimentos para o pessoal da Brigada Militar, mas quero lembrar o
posicionamento da Polícia Civil nesses momentos difíceis pelos quais o nosso
País está passando, nessa transição que não acaba nunca. Quando há um problema
nós sempre levantamos o fato de estarmos em transição e nunca chegamos à
democracia desejada, e solicitar a V. Exa., Ver. Flávio Coulon, que quando for
ao Governador do Estado leve a nossa esperança, leve as nossas inquietações no
sentido de que a segurança pública do Estado - Polícia Militar e Polícia Civil,
porque o policial civil ganha tão mal quanto um PM da Brigada Militar -, nesses
momentos em que está sendo mais solicitada do que nunca, precisa ser lembrada.
Ontem, à noite, estive na Polícia Civil resolvendo um problema de
alguns companheiros que estavam meio atrapalhados e, conversando com policiais
civis e brigadianos, eles me disseram que ultimamente não têm tido nem chance
de participar de aniversário de filho, esposa ou parente, porque vivem trabalhando.
Nós sabemos o que é isso. E é neste momento que solicitamos, desta modesta
tribuna, ao Governador Pedro Simon, que apure as suas providências no sentido
de encaminhar à Assembléia Legislativa aquilo que prometeu e não fez ainda, que
é o Projeto de Lei que aumenta os vencimentos de Cabos, Soldados e Sargentos da
Brigada Militar e Escrivães e Inspetores da Polícia Civil. Fica aqui, Sr. Líder
do PMDB, a nossa solicitação, o nosso apelo e o apelo direto ao Governador do
Estado: está na hora, a população civil está a exigir porque ela mesma está
contribuindo, está doando viaturas, está doando combustível porque ela quer
segurança, precisa trabalhar com segurança e tranqüilidade para poder produzir
e construir um país melhor para nós. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Frederico
Barbosa): Liderança
com o PDT. Com a palavra o Ver. Pedro Ruas.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Nós temos observado - e já me referi a este assunto na tribuna - a
intensa movimentação que há, neste momento, e aí chamo a atenção especial dos
Vereadores da minha Bancada, Ver. Adão Eliseu, Ver. Ennio Terra, com relação à
sucessão no comando do Diretório Regional do PDT em convenção a ser realizada,
agora, no próximo mês de outubro. Existem várias propostas que deverão ser
estudadas e analisadas pelos militantes do PDT com relação a esta sucessão. Mas
eu chamo a atenção de V. Exas. no sentido de que algumas propostas precisam ser
examinadas com muito cuidado e, acima de tudo, com muita atenção, porque
representam uma verdadeira inovação em termos partidários no Rio Grande do Sul,
que possibilitam ao PDT ser, na prática, aquele partido com o qual sonhamos e
pelo qual lutamos desde a sua formação até os dias de hoje, um partido de essência
e verdade socialista. Uma destas propostas, Srs. Vereadores, é a da eleição
direta para a escolha do novo diretório regional. Esta eleição direta se daria,
na prática, com o voto de todos os filiados ao PDT e não apenas os delegados do
diretório e zonais. Quando todos os filiados puderem eleger a sua nova direção
partidária, o novo diretório regional, para este, posteriormente eleger a sua
executiva e o seu Presidente, nós teremos dado um avanço, um passo muito grande
em direção àquilo que se espera levar à discussão partidária, à discussão
doutrinária, à discussão ideológica, efetivamente, às bases partidárias.
Não sei, ainda, de outros partidos que se encaminham nesta nova
direção, porém no PDT já surgiu esta proposta que tem que ser necessariamente
levada adiante. De outro lado, chamo atenção para a importância da disputa para
este diretório regional. Não há mais lugar, nos dias de hoje, para simples
chapas de consenso que, na verdade, não representam o consenso em termos
partidários e eliminam a possibilidade da luta interna que faz crescer o
partido e levar à sua discussão a sua base. Levar a discussão doutrinária e
ideológica à base do Partido. E dentre estas correntes que pensam que a disputa
hoje é necessária dentro do PDT, pelo comando do Diretório Regional, e que
pensam que eleições diretas, votando todos os filiados para a escolha de seus
dirigentes, é o caminho, existem grupos se articulando e um especial que já é
denominado de “Unidade Socialista” que pensam, efetivamente, em disputar este
diretório regional com base e com aglutinação dos segmentos mais à esquerda e
mais progressistas do PDT, formando uma chapa e disputando o comando deste
Partido e fazendo dele, de uma vez por todas, o Partido socialista em essência
deste Rio Grande. Esta variação tem uma importância muito grande para o nosso
Estado e não se pode, aqui, fazer uma avaliação que tenha uma conotação e uma
abrangência nacional na medida em que não conhecemos a realidade de todos os
Estados deste País continente. Agora, no Rio Grande do Sul, a alternativa
socialista que se cria, com a aglutinação destes segmentos mais progressistas
para formar uma chapa e disputar os diretórios regionais, é hoje, na prática, a
grande possibilidade que tem o PDT de crescer, de se aprimorar ideologicamente,
se aprimorar doutrinariamente, e conta já com o nosso apoio, com a nossa luta e
com o nosso empenho. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Comunicação de Liderança
com o PMDB, Ver. Nilton Comin, que tem 5 minutos.
O SR. NILTON COMIN: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Está de parabéns o PDT, através do nobre Ver. Pedro Ruas, em fazer
as colocações que fez, porque seria uma incoerência o PDT pregar eleições
diretas e fazer o contrário em Porto Alegre. Está de parabéns o Ver. Pedro Ruas
e a ala progressista do PDT. Assim como ela existe no PDT, existe no meu
Partido e existe em todos os partidos. O que realmente necessitamos é alinhar a
ala dos progressistas de todos os partidos contra o conservadorismo empedernido
que não aceita neste País, que em todos os partidos existe, inclusive no meu.
Ontem, o Governo Pedro Simon começou a dar os primeiros passos, disse
há pouco o meu Líder, através dos convênios como a reforma sanitária. É da
minha área, foi um grande passo, porque os Municípios que têm 40/50 mil
habitantes - e eu tenho um exemplo a colocar nesta Casa - terão os seus
distritos sanitários, que serão um convênio entre a União, o Estado e o
Município. Como será? Digamos que se unem 5 Municípios e o primeiro exemplo é
de Ronda Alta, Sarandi, Horizontina. Para essas populações onde não há um
hospital, haverá um hospital básico para atendimento e o PT, a CUT, que
reclamam que os sindicatos rurais que não têm assistência médica, agora terão
assistência médica. Eu participei de um debate, no Clube dos Inapiários, em que
tinha um grupo da CUT que agora também não quer mais os distritos sanitários.
Eu estava falando, agora, com o Ver. Antonio Hohlfeldt que me informou que esta
é uma ala impensada, é uma ala que sofre as distorções que todos os partidos
possuem.
Então, o Governador Pedro Simon está começando a dar os seus primeiros
passos, porque quando ele não dá nós também criticamos. Me parece que agora a
saúde pública do Rio Grande do Sul terá que administrar bem os distritos
sanitários, porque cada distrito vai ter as suas características; zona rural é
uma característica, zona urbana é outra e eu vou lutar para que Porto Alegre, a
nossa Cidade, dê ao nosso Prefeito aquilo que ele precisa, porque no momento em
que o Prefeito sancionou um Projeto deste Vereador eu entrei em contato com os
Secretários da Saúde, do Município e do Estado e fiquei muito satisfeito em
saber que o Município já está participando com Canoas, no problema da zoonose.
As verbas serão repassadas através das Ações Integradas de Saúde, que é mais ou
menos aquilo que quer o Ver. Jorge Goularte em seu Projeto. Então, essas idéias
legítimas têm que ser combatidas, lutadas e tem que sair sangue.
Esse País tem, acima dos partidos políticos, pessoas de grande
gabarito. Mas, acima deles, existe um sistema econômico empedernido. Agora, meu
Partido, através do Min. Bresser Pereira, que não sei de que partido é, mas
pertence às classes econômicas, para que a demanda não aumente, o que seria
ótimo à população, ele aumenta o juro. Mas isso é inconcebível, pois uma pessoa
que precisa de gêneros alimentícios ficará impossibilitada. E acontecerá que,
aumentando o juro, os pequenos empresários não poderão aumentar os juros para
investir. Então, essas medidas são do PMDB? São, porque ele é do governo, mas
não pertencem à ala progressista peemedebista. A Frente Liberal, o PL, o PDS
têm ótimos políticos. Têm programas ótimos. O PDS também os têm. Ocorre que o
PDS sofre o grande desgaste que sofre hoje, porque foi conivente com o regime
militar. Aqueles que não foram coniventes foram afastados. Agora, em política,
ninguém é melhor que ninguém. Vejam o que fez o grande líder Leonel
Brizola: acordo com a extrema direita
para governar o Rio Grande do Sul - o PRP. Por quê? Porque sentiu que, politicamente,
era a única maneira que tinha para obter a sua vitória.
Por que luta o político? Pelo poder e quando não é político, também
luta pelo poder. Seja ele poder econômico, político e social. Nós, no caso,
somos políticos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Jorge
Goularte.
O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu, mais uma vez, volto a falar sobre a segurança da população,
mais especificamente sobre o fato ocorrido com o Dr. Renato Zanetti. Ele é um
médico ginecologista, pai de quatro filhos, casado, um homem voltado para a sua
profissão, e que se viu forçado a tomar uma atitude em defesa da própria vida,
o que não desejava, tendo que eliminar um assaltante e fazer com que outro
fugisse para salvar a sua própria vida.
A que ponto chegou a população, de ter que ela por si mesma se defender
para ter um pouco de segurança, tem que se armar para se defender assim como
aos seus bens e à sua família. Sem falar nas indústrias que temos dos invasores,
urbanos e rurais, que usurpam ou tentam usurpar o que é sagrado para o ser
humano desde os tempos bíblicos, que é a propriedade, quando o homem sempre
defendeu o que é seu, como defendeu a sua própria vida. Pois existem os
demagogos, os insensatos que procuram progredir no bem alheio, no que é dos
outros, não no que lhe pertence.
Volto a dizer que isto é dirigido, é orquestrado por incompetentes,
demagogos da pior espécie. Repito o que já disse desta tribuna: se eu tiver,
para me eleger, que tomar atitudes como esta, eu não me elejo. E daí, vou
morrer porque não me elegi?
Agora, ter que tomar atitudes como as de insuflar as pessoas como
continuam a fazer a indústria das invasões, para a venda de chaves de
apartamentos que não lhes pertence, e a invasão de terras produtivas, porque o
PL defende uma reforma agrária séria, e não uma reforma agrária de dar terras
para vagabundos, preguiçosos da pior espécie, que não vão plantar coisa
nenhuma, como se sabe, são sempre os mesmos.
Não sei se os Vereadores já se deram conta de que, há anos, as mesmas
caras é que querem terra. Ainda não conseguiram? Quer dizer, as lideranças
ainda não conseguiram? E continuam os mesmos a insuflar pessoas desavisadas
para invadir o bem alheio. Então, num momento como este, em que existe uma
demagoga nojenta, esta política, entre aspas, infinitamente pequena, rasteira,
é de se lamentar que um médico desta estirpe tenha tomado atitude para se
defender. Ele tem a minha solidariedade incondicional, porque não vão faltar os
famosos defensores dos direitos dos desumanos, que só defendem os criminosos.
Existe, me parece, uma gama de pessoas que só quer defender a quem mata e quem
rouba, como se os policiais não fossem humanos, como se a população não fosse
humana. Então, quando o médico tem que tomar a atitude para se defender é capaz
ainda que apareça alguém para ser contra ele, que teve que matar um assaltante
ao invés de morrer. O certo é o médico morrer, matou o coitado do assaltante
que merecia viver. E o médico não merecia? Então, essas demagogias nojentas...
É contra isto que me coloco e é por isso que estou no PL que é contra esse tipo
de coisa: invasão programada por políticos rasteiros, infinitamente pequenos,
oportunistas da pior espécie que só sabem conviver demagogicamente e insuflando
a população carente que vive nos cinturões de miséria junto às grandes cidades.
Por isso é que nós temos que mais uma vez lutar para que haja maior
segurança à população para que uma pessoa não tenha que, por si mesma, se
defender, ter que matar um ser humano, o que não gostaria de fazê-lo, para
salvar a sua própria vida. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PFL. Com a
palavra, o Ver. Aranha Filho.
O SR. ARANHA FILHO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, ocupo o tempo de Liderança do meu Partido para fazer um registro,
que julgo extremamente necessário, referente ao dia 15 próximo, ao dia de
amanhã, quando será realizado em todo o território nacional, com início às 9
horas da manhã.
Pretende-se, no Rio Grande do Sul, atingir 95% das crianças de zero a
cinco anos. Faço este registro, porque entendo ser extremamente necessário
ocupar o espaço jornalístico desta Câmara, fazendo um apelo ao Gabinete de
Imprensa da Câmara Municipal de Vereadores para este fato. Quero dizer, também,
que ostento com muito orgulho o distintivo que uso na minha lapela do Rotary
Internacional que está proporcionando com o valor de seis milhões de dólares a
vacinação em todo o nosso País. Há um mês atrás, o Rotary Internacional, por
intermédio de suas lideranças, assinaram um convênio com o Sr. Presidente da
república, para que estas doenças que afetam a infância sejam completamente
erradicadas do nosso País, como a Poliomielite.
Num programa de cinco anos, o Rotary Internacional irá investir 125
milhões de dólares para erradicar a poliomielite, em mais de oitenta e cinco
países. Cento e vinte e cinco milhões aplicados no Brasil. De forma que, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, ocupo tribuna em tempo de Liderança do Partido da
Frente Liberal, para solicitar que a Casa e o Gabinete de Imprensa permitam a
ampla divulgação deste fato, fazendo com que a população de Porto Alegre e do
Rio Grande do Sul chegue até os postos de vacinação levando seus filhos, para
que, numa corrente, consigamos atingir aquele índice proposto pelo Governo do
Estado, pela Secretaria da Saúde, de atingir 95% das crianças de zero a cinco
anos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Nada mais havendo a tratar,
estão encerrados os trabalhos.
(Levanta-se a Sessão às 11h 50min.)
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